A partir de um local fustigado e severamente castigado por um incêndio de grande dimensão, segue este projeto. Ao fim de três anos, o esqueleto das árvores mantém-se, os animais desabitaram o espaço. Contudo, existem algumas formas de vida a renascer ainda que tímidas, minimalistas e secas. Este projeto visa a representação de elementos botânicos presentes na paisagem, recolhendo-os e representando-os, relacionando a forma como o vento e a brisa provoca o pouco movimento que lá existe. Assim, também está presente a ideia de passagem do tempo lento. Ao dar-lhes outra escala de representação, estas imagens surgem como uma visão minuciosa sobre estas, descobrindo detalhes que passam despercebidos numa escala real. 
Através da fotografia abstrata, o objetivo é transmitir várias sensações ao espectador. Desde logo, o foco no incêndio e na destruição que este deixou para trás. Segundo, um olhar sobre os elementos naturais, que se apresentam vulneráveis e frágeis por consequências da passagem do fogo. A inscrição do movimento, sugere três ideias: a ideia de passagem do tempo que lá parece passar mais devagar; o passar do vento entre os franzinos elementos da natureza; a violência que a paisagem sofreu com a passagem devastadora do incêndio.
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